Sifílis e o grande aumento nos últimos anos.
A Sífilis, como sabemos, é uma doença infecciosa crônica,
causada por uma bactéria chamada Treponema Palidum adquirida na maior parte das
vezes por contato sexual, por via placentária, por outro contato íntimo com uma
lesão ativa, por transfusão de sangue ou derivado, ou ainda, por inoculação
acidental direta, por exemplo, por profissionais da área da saúde, o que é muito
raro.
O uso de preservativos é determinante na prevenção e propagação
da doença.
Pois, a grande maioria dos casos de transmissão ocorre por
relações sexuais desprotegidas. A sua
progressão, ao longo do tempo, foi dividida por especialistas, em estágios (primária,
secundária e terciária), a terceira resultando até em óbito.
A Sífilis se tratada no começo, pode ser até impedida de
seguir os seus estágios, prevenindo assim que a situação piore.
O grande problema é que muitas dessas pessoas que se
contaminam com esse tipo de doença, normalmente sentem vergonha, medo,
insegurança, ou todos os tipo de reações contrárias as devidas, que acabam
atrapalhando a sua cura imediata.
O Ministério da Saúde lançou uma ação nacional de combate à sífilis
e classificou a situação que o Brasil enfrenta como uma epidemia da doença. De
acordo com o mais recente boletim epidemiológico, nos últimos cinco anos, foram
quase 230 mil novos casos. Em 2015, houve um aumento de 32% em relação ao ano
anterior.
Já com relação à sífilis congênita, transmitida da mãe para
o bebê na gestação e principal foco da campanha, o número quase triplicou. Em 2010,
a cada mil bebês nascidos, dois (média de 2,4) eram portadores de sífilis. No último
ano, esse número subiu para seis (média de 6,5).
No caso da sífilis congênita, para evitar sequelas no bebê, é
preciso identificar a doença na mãe durante o pré-natal, principalmente, no
primeiro trimestre da gravidez. Se a infecção não for tratada, pode gerar má-formação
da criança, aborto espontâneo e até a morte.
A sífilis tem cura e o tratamento é com antibióticos à base
de penicilina. O homem ou a mulher que tiverem a doença, entretanto, não ficam
imunes à ela.
Temos que estimular que as mães façam o pré-natal a tempo de
não contaminar a criança. O pré-natal identifica ainda outras doenças
infecciosas. A sífilis é silenciosa, dá apenas pequenos sinais. Se não for
feita a testagem, a pessoa pode ficar sem saber por décadas. É aí que entra o
perigo. Os motivos que podem ter causado este aumento no número de casos são: melhora
do diagnósticos por conta da distribuição de testes rápidos no SUS,
desabastecimento global de penicilina e o possível abandono do uso de
preservativos pela população sexualmente ativa hoje.
Os diferentes estágios e o diagnóstico
A sífilis tem diferentes estágios e atinge homens e mulheres.
Na fase primária, surge ferida, geralmente única, no local de contato com a
bactéria, como pênis, vagina, ânus e boca. A lesão, que surge entre dez e 90
dias após o contágio, não dói, não coça e pode cicatrizar sozinha.
No estágio secundário, os sinais, que aparecem entre seis
semanas e seis meses depois, são manchas, principalmente, nas palmas das mãos e
plantas dos pés.
Após a fase assintomática, que tem duração variável, há a
terciária. Neste estágio, surge, de dois a 40 anos depois da infecção, lesões ósseas,
cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte. O diagnóstico é simples.
É feito através do teste rápido de sífilis, que está disponível no SUS.
O resultado pode sair em, no máximo, 30 minutos. O
tratamento é feito com a penicilina benzatina, mas recomenda-se procurar um médico
para diagnóstico correto e tratamento adequado de acordo com cada fase da doença.
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